Nas últimas semanas, o doutorando em geologia pela UFRJ, Marcos Vinicius Ferreira Fontainha, oe o o mestrando em geologia pela UERJ, Pedro Costa Furtado, estiveram em Monte Alegre do Sul. Ambos coletaram amostras que embasarão as respectivas tese e dissertação, mas que também farão parte de um trabalho de cartografia geológica e mapeamento estrutural, a fim de descobrir a idade das rochas.
Esse trabalho está sendo feito, porque há indícios da presença de rochas do período Arqueano (compreendido aproximadamente entre 3,85 bilhões de anos e 2,5 bilhões de anos atrás). Ou seja, os morros e montes da nossa cidade podem ter se formado há mais de 3 bilhões de anos e, como pesquisa publicada na revista científica GeoHeritage, assim como a maior parte do estado, Monte Alegre do Sul pode ter passado alguns milhões de anos submersa, no fundo do mar.
Os geólogos estão pesquisando a região há cerca de dois anos e meio. Esse projeto, no entanto, é continuidade de um estudo que começou na década de 1980, em Carrancas, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais. O mapeamento no território mineiro foi bem completo mas, ao chegar na região do Circuito das Águas, os estudos não foram tão aprofundados. Dessa forma, os pesquisadores estão tentando completar essa lacuna de informações geológicas da região.
A próxima etapa é enviar as rochas para análise laboratorial, que determinará a idade das amostras. Essa informação, além de poder ser aplicada em sala de aula, para proporcionar maior entendimento da evolução geológica da cidade e da região, viabiliza a criação de um caminho geológico com potencial para tornar-se um relevante atrativo turístico a Monte Alegre do Sul.
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